No dia 31 de maio, 19h, acontecerá o 40º Programa Criatividade e Pós-Modernidade - História da Criatividade e da Cultura no Mundo. O evento terá como palestrante a escritora e editora, Rose Marie Muraro.
As inscrições podem ser feitas antes da palestra. Os calouros pagarão R$3 reais, os contribuintes do DA R$5 e os não contribuintes e demais interessados será cobrado o valor de R$10. O evento será aberto a toda a comunidade.
A atividade será no Teatro PUC Minas, prédio 30, campus Coração Eucarístico.
Mais informações: www.dapsi-escipio.ning.com ou pelo telefone 3309-2008.
Rose Marie Muraro é a história de uma testemunhas dos mais importantes acontecimentos do Brasil no século XX - políticos, culturais e ideológicos. Pertenceu a uma das mais ricas famílias do Brasil nos anos 1930/40. Aos 15 anos, com a morte repentina do pai e conseqüentes lutas pela herança, rejeitou sua origem e dedicou o resto de sua vida à construção de um novo mundo: mais justo, mais livre. Nesse mesmo ano conheceu o então padre Helder Câmara e se tornou membro da sua equipe. Os movimentos sociais criados por ele nos anos 40 tomaram o Brasil inteiro na década seguinte. Nos anos 60, o golpe militar teve como alvo não só os comunistas, mas também os cristãos de esquerda.
Trabalhou com Leonardo Boff durante 17 anos e das mãos de ambos nasceram os dois movimentos sociais mais importantes do Brasil, no século XX: o movimento de emancipação das mulheres e a teologia da libertação - até hoje, base da luta dos oprimidos. Nos anos 80, presenciou a virada conservadora da Igreja. E em 1986, Rose e Boff foram expulsos da Vozes, por ordem do Vaticano. Motivo: a defesa da teologia da libertação, no caso de Boff e a publicação, por Rose, de seu livro Por uma erótica cristã. Formada em física e economia, escritora, editora, Rose Marie Muraro foi eleita, por nove vezes, A Mulher do Ano. Em 1990 e 1999, recebeu, da revista Desfile, o título de Mulher do Século. E da União Brasileira de Escritores, o de Intelectual do Ano, em 1994.
O trabalho de Rose, como editora, foi um marco na história da resistência ao regime militar. Por conta dele, recebeu, recentemente, do Senado Federal, o prêmio Teotônio Vilela, em comemoração aos 20 anos da anistia no Brasil.Foi professora e palestrante nas universidades de Harvard e Corneo, entre tantas outras instituições de ensino americanas, num total de 40. E agora teremos o prazer de ouvi-la no Criatividade e Pós modernidade.